O diretor do Centro de Vigilância Animal (CVA), do Recife, Amaro Souza, foi preso em flagrante, na manhã desta sexta-feira (13), autuado por crimes contra a administração pública ambiental. A prisão aconteceu após a Delegacia de Meio Ambiente realizar uma vistoria surpresa no Centro e diagnosticar que não existia tratamento adequado ao local e que muitos animais se encontravam em estado deplorável. Como o crime é afiançável, ele precisou pagar cinco salários mínimos para ser liberado. Apesar de estar em liberdade, ele responderá um inquérito.
De acordo com a delegada de Meio Ambiente, Neli Queiroz, que comandou a Operação intitulada Sexta-Feira 13, a vistoria e averiguação foi realizada após a delegacia receber várias denúncia anônimas e presenciais. "Em novembro do ano passado algumas pessoas nos procuraram para realizar as denúncias de que os animais estavam sendo maltratados e que os que entravam com sarnas e carrapatos ficavam do mesmo jeito porque não existia tratamento", contou. Ela ainda informou que havia animais moribundos e os poucos saudáveis para adoção.
Um dos casos que chamou a atenção da equipe que foi ao Centro foi de que recentemente 26 animais tinham sido levados para lá em cumprimento de uma ordem judicial. Desses sete já morreram. Em relação aos óbitos, Neli Queiroz informou que fará um levantamento mais detalhado.
O que vai de encontro com a lei 14.139/10, de autoria do deputado estadual André Campos (PT), que proibi a matança de cães e gatos sadios como forma de controlar zoonoses e conter a superpopulação desses animais nas ruas. Para saber se um animal de raiva, após sua morte sua cabeça é enviada para o Laboratório Nacional Agropecuário em Pernambuco (Lanagro).
A ação teve participação da comissão de meio ambiente, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), técnicos da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).
Fonte: Jornal Folha de Pernambuco dia 13/01/2012
