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Elefantes de uma reserva. na África
(AFP/Archives, Carl de Souza)
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Esvaziada de seus animais pelos caçadores, uma
reserva do Maláui está sendo progressivamente repovoada com
antílopes, elefantes, leopardos e leões, por uma organização não
governamental (ONG). Apesar de oficialmente protegidos, desde 1955,
os 700 km² da reserva de Majete, no sul do país, abrigavam apenas
alguns babuínos até que a organização sul-africana, African Parks
Networks, de caráter não lucrativo, retomou sua administração em
2003.
“Na realidade, não havia nenhum controle. O
último elefante foi caçado em 1992″ e, dez anos antes, ainda
havia várias centenas deles. “Nenhum turista vinha mais porque
simplesmente não tinha mais nada para ver”, conta o diretor do
parque, Patricio Ndadzela.
Em oito anos, a African Parks, que tem como
objetivo a conservação dos espaços naturais no continente,
reintroduziu mais de 2,5 mil animais nesta vasta extensão de
savanas, margeando o Shire, o principal rio do Maláui: 742 impalas,
359 antílopes pretos, 306 búfalos, 250 elefantes, 177 zebras, 158
javalis, 7 renocerontes pretos, 4 leopardos, entre outros. “Majete
representa o sucesso de uma operação Arca de Noé”, felicita-se
Peter Fernhead, diretor geral da organização.
“Nós só introduzimos os animais
característicos da região”, precisa o guarda-florestal Fyson
Suwedi. Não haverá, então, girafas ou avestruzes na reserva –
que agora está agora fechada e vigiada.
A reserva ainda vai receber leões no próximo mês
de julho. A chegada do rei dos animais vai permitir a Majete propor
as “Big Five”, as cinco grandes feras (leões, leopardos,
elefantes, rinocerontes e búfalos).
A organização investiu 15 milhões de dólares a
fundo perdido para fazer reviver Majete, seu grande projeto e sua
vitrine, destaca o responsável pelas mudanças Dorian Tilbury. A
operação não é rentável. No momento, 85% do orçamento anual –
cerca de um milhão de dólares – são provenientes de donativos
recolhidos pela organização.
Os poderes públicos permanecem presentes,
encarregando-se principalmente da manutenção da ordem. A
organização, com sede em Johannesburgo, administra no mesmo modelo
sete parques em vários países – nos dois Congos, no Maláui, em
Ruanda, no Chade. Mas as relações com as autoridades locais não
são sempre tão boas como acontece em Majete – a African Parks
retirou-se da Etiópia e do Sudão, e não levou à frente dois
projetos na Zâmbia.
Com informações do Terra
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