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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Austrália cria a maior rede mundial de áreas marinhas protegidas

Foto: Ove Hoegh-Guldberg/ University of Queensland via Reuters
Um terço das águas territoriais australianas serão áreas marinhas protegidas, com restrições à pesca e à exploração petrolífera e de gás natural, anunciou o Governo nesta quinta-feira (14). Esta será a maior rede de áreas marinhas protegidas do mundo.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira de manhã pelo ministro do Ambiente australiano, Tony Burke, que revelou os mapas das regiões marinhas a proteger, incluindo o Mar de Coral. No total, serão 3,1 milhões de quilómetros quadrados, ou seja, mais de um terço das águas territoriais australianas. Assim, a rede de áreas marinhas protegidas daquele país vai passar das actuais 27 para 60, reforçando a proteção a vários animais. Nela estima-se que vivam 45 espécies de baleias e golfinhos, seis espécies de tartarugas marinhas e 4000 espécies de peixes, segundo a Fundação Australiana para a Conservação.

“Já é tempo de o planeta mudar quanto à proteção dos nossos oceanos”, disse Burke no anúncio dos planos, citado pela rádio australiana ABC. “E a Austrália está hoje a liderar esse caminho.”

Agora, esta rede de reservas tem pela frente 60 dias de consulta pública.

“Esta nova rede de reservas marinhas vai ajudar a garantir que o ambiente marinho e toda a vida que alberga continuem de boa saúde, férteis e resistentes, para as próximas gerações”, acrescentou.
Para que o projecto saia do papel, o Governo australiano vai pagar até 100 milhões de dólares australianos (79,4 milhões de euros) em compensações aos pescadores comerciais que serão impedidos de operar em alguns dos novos parques marinhos.
A rede marinha vai afetar também o setor da exploração petrolífera e de gás natural. “Em todo o Mar de Coral há uma proibição à exploração”, disse o ministro do Ambiente, acrescentando que existem outras reservas onde esta atividade também será excluída.

A indústria pesqueira já reagiu. “Esta é uma notícia terrível e aqueles que vão sofrer mais são as comunidades piscatórias”, disse Dean Logan, responsável da Aliança Marinha australiana, que representa os pescadores. Segundo Logan, a criação destas reservas vai levar ao desaparecimento de 36.000 postos de trabalho.

A Fundação Australiana para a Conservação saudou a decisão do Governo australiano, considerando-a “histórica” e algo que vai tornar o país “líder mundial na proteção dos oceanos”. Ainda assim, a fundação salientou, em comunicado, que várias zonas vão continuar ameaçadas pela exploração humana dos recursos naturais. “A rede de parques proíbe a exploração de petróleo e gás natural no Mar de Coral. Mas a maior região do Nordeste continuará vulnerável”, disse o director da fundação, Don Henry.

“Vamos continuar a trabalhar com os governos, a comunidade e todos os participantes para melhorar a proteção das zonas que ainda não estão abrangidas” por esta iniciativa, acrescentou.

Com informações da Ecosfera

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